segunda-feira, 28 de maio de 2018
sexta-feira, 25 de maio de 2018
quinta-feira, 24 de maio de 2018
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Falando a respeito de tempo e espaço, os blog’s
“Falando a respeito de tempo e espaço, os blog’s assim como
qualquer outro conteúdo da internet, têm uma característica especial, pois
diferente dos livros
na tela do computador, o leitor tende a ver os conteúdos
apenas da página principal, o que se postou anteriormente perde
consideravelmente seu significado e importância.
As pessoas procuram novidades e a velocidade com que as
informações são divulgadas, com a possibilidade de se navegar em inúmeras
páginas em um curto espaço de tempo,
trazem esta sensação do imediatismo, do novo, tornando os
conteúdos voláteis. Vemos muitas vezes no blog do Pó&teias, conteúdos sendo
postados novamente, ou seja,
o próprio autor tem a consciência de que sua obra já ficou no esquecimento, trazendo-a à tona
com esta nova postagem. “Eliane
Os blogs não eram
mais do que simples diários onde as pessoas engavetavam emoções neste
emaranhado virtual e etéreo da web,que por sua vez principiara para atender as
demandas acadêmicas e militares.
Em curto espaço de tempo esta nova mídia foi ensejando um
novo tipo de meio-mensagen ,onde os domínios do subjetivo, íntimo, privado
foram se espraiando para uma nova forma de sub-literatura,fora dos cânones
acadêmicos, mas ainda amadora .
Contudo hoje em dia convivem meros rascunhos , como quartos
de dormir mal arrumados diante de uma porta escancarada para um olho imenso que
a tudo devassa enquanto cegos enquanto se tropeça nas roupas , espalhadas pelo
chão.
Com efeito podemos discorrer sobre a sociedade de fim de
século, época de transição , de grandes transformações marcada por uma
diversidade de formas e camadas de relacionamentos inusuais á poucas décadas,
onde o ciberespaço cumpre o papel de ponte fantasma entre a inconstância ,o
delírio e a pseudo profundidade dos contatos que em certo sentido aboliram a
interação física;relações superficiais na contradição a abertura total a desinibição,incluindo a intima e a erótica em níveis não do
experienciado mas do imaginado.
Quanto ao blog em questão nos remeteremos a sociedade vídeo-
adicta , onde o tempo é variante adversa daquela empregada na leitura do
livro,o lead e a informação direta, não necessariamente objetiva predominam
,isso em parte já ocorria na literatura ,as shorts -stories e as crônicas, os
minicontos nos jornais; estórias
ligeiras. Embora seja platitude ficarmos nesse argumento. Não esqueçamos do fenômeno
dos e-boocks. As questões que se apresentam :1) os leitores dos e-books são os
mesmos que cultivados pela leitura dos
livros de celulose e seus filhos herdeiros de tais acervos culturais, lêem os
dois meios ou não?2)Como ficaram as editoras nesse processo ?
Penso que haverá uma multi- coexistência de maneiras de
absorver literatura e cada geração resgatará no espírito de sua época as cores
, as paisagens de suas letras,como fora no passado e assim é no presente.
No que se refere ao efêmero do postado,digerido ou não
apenas mantém a força breve das breves lembranças,profundidades não trazem a
tona o que a juventude busca.Tempestade e ímpeto.Um tiro de uma frase certeira
, um conciso veneno ou elixir, bastam, não é a
demanda do santo Graal.revelações profundas ainda são o continente de um
bom livro ou de um e-book, talvez.
Com relação ao ocorrido com o referido blog, então
denominado Pó&teias sou de opinião,
que as repetições nas postagens, tem mais a ver com o caráter pré-profissional
que induzem seus colaboradores a erro por mero esquecimento do que fora
postado, creio que se houvesse algum mecanismo que lembra-se que tal ou qual
texto já fora publicado, não haveria tal
fato.Uma questão de ordem técnica.
De outra ordem é a qualidade dos textos e a Leitura que
deles se fazem pelos leitores “virtuais’,o primeiro pode ser lapidado ,
filtrado, quanto aos leitores que ora também podem vir a se tornarem
colaboradores, está muito ligado a alguns fatores de proximidade seja de comunidades de relacionamento virtual de
perfil literário ou participes de grupos poéticos e de escritores em sua
maioria freqüentadores dos mesmos espaços culturais urbanos boêmios ou não, e
sim os anônimos presos nas teias do ciberespaço.
Wilson Roberto Nogueira
terça-feira, 22 de maio de 2018
Sempre procurou refrescar-se na chuva; vestia-se com o
agasalho do mormaço e sorria suaves melodias. Deitava-se em qualquer banco de praça e celebrava
boas-vindas com os pássaros matinais. Morreu ali ; dias atrás .A cidade com seu
cheiro singular demorou para perceber o saco de baratas que um dia já sonhara,
vivera, amara. Lá se foi mais um dia na vida de uma sombra na cidadezinha .
Wilson Roberto Nogueira
Qual é o totem da tua tribo
onde rende tributos,
débitos demandando
dádivas
debitando desejos
nas imagens projetadas
jato de hedonia percorrendo
de lírios nas mal ditas preces
ocultas?
Sem meditar, tiraniza
em nome da liberdade
liberticida!
O teu totem tolo é a vaidade parida;
dilacerando continentes de Édens ocultos,
Cains caídos em desgraça,
vidas sobrepostas de almas,
assassinas e vítimas
bebendo da víndima da religião,
partido da fé da exclusão,
da negação do Cristo ou de Alá,
vão semeando as campas
usando o nome dEle em vão.
Wilson Roberto Nogueira
um dia...escreverei
mas nos dias que são noites meu caminhar turva
e não encontro a tinta para começar a pintar a vida curva
numa reta rumo aonde não sei
perdido procuro no porto a pausa da lei
escreverei um livro não sei
só o sonho que ainda não sonhei
sabe o quanto meu fusca capota na curva
nas curvas das gurias
ria que o riso não custa nada
só o amor a dar gozo a mau sinada
desdita vida das musas que fogem
na folhagem procurando serem miradas
fogem quando se querem pegar
riem quando querem chorar
e quando choram tal a força do riso
das veias a ferver
ferve também a alma no poeta
que se crê amante de uma musa
que ora ausente chora
pois o poeta cego se acovarda
teme atravessar a vida para a eternidade da pallavra
lavra a dor acostuma-se a semear o pranto
a principio apenas de si depois dos outros
irriga a vida e se afoga na bebida amarga.
Não sou e nunca serei autor de livros pois a vida
me foge rápida demais para persegui-las e acorrentá-las
em persona aragens.
abraço.
Wilson Roberto Nogueira
Meu irmão negro, não diga que um branco pobre
não sofre a mesma dor, a dor de ser sempre um imundo
por mais alva esteja as roupas puídas. Sempre estará
exalando o olor dos esgotos. Por mais fome passe para
comprar o sabão.
O escarro na porta da pensão. As portas batendo de ódio,
pessoas despossuídas e tão desvaziadas de dignidade quanto.
Alcatéias de chacais e hienas brancas e negras.
A noite todos eructam em sua face à despejar o lôdo no
espelhar.
Olhares de nojo e pena navalham.
E pensar que do espelho daqueles olhos, olhei a sombra
arquejada do reflexo.
"Nada do que é humano me é estranho"
Qual o valor que neste mercado tem oferta ?
Tanto quanto a demanda exige.
Encontrar a fuga no caminho a viagem
roleta- russa já não me pertenço. Quão jamais me pertenci.
Meu irmão negro ,
embora sua cicatriz seja tão profunda
quanto a inscrita na tua pele
Testemunha e herança.
Herdamos nós mestiços de não sei quantos sangues
a maldição de sermos bastardos desidentificados
sem rosto nem pátria ou matria
vomitados direto no moedor de carne
renascidos em cada gôta de sangue semeados na sarjeta
em cada pedaço de corpo
maná amaldiçoado da miséria
efeitos colaterais da concentração da riqueza.
Wilson Roberto Nogueira.
2005..............Curitiba
Uma mulher caminha para um canto de uma loja
e deita um pacote de papelão, destes de pão.
Será oferta de algum alimento para esses panos
de carne viva e sangrando deseranças? Um momento
de alívio ao sofrimento tão banal que clama nas vísceras.
Fome primal de viver... não de esperar a morte bater
sem tanta dor e haja a "maldita" ou o pó do
capeta.
Que desdita...
Não, ela está lá, furtiva...vergonha por ser cristã
caridosa?
Alimentando mendigos...esses trapos imundos que a alta
burguesia quer varrer para longe, construir muros, cobrar
pedágio
e até pagar para vê-los em outro zoológico de horrores.
Ela não, está alí, vêes ?
Não!
Não é pão ou resto de comida. É um bebê recém-nascido.
Largou. Saiu. Em meio ao sangue chorava rubro mas fraquinho.
Uma cadela sem pedigree chegou, cheirou, lambeu limpando o
sangue e,
enrodilhada ao pacotinho humano, aqueceu-o uivando baixinho,
até ser chutada e, quanto ao vitelinho, o mendigo levou para
algum lugar...
Wilson Roberto Nogueira
Na sociedade capitalista desencantada, onde tudo é
transformado em mercadoria com preço estandardizado, onde através de mensagens
subliminares, incitando ao entorpecido ouvinte ou telespectador a consumir por
consumir, onde pela insistência de uma receita 'consagrada',
um best-seller ou uma canção que "emplacou", e por
isso tem sido tocada nas rádios de forma totalizante, sufocando a emergência de
novos ritmos, por serem novos e não possuírem apelos de mercado a cultura
torna-se medíocre, empobrecendo ouvires e olhares.
Tudo atende aos
imperativos mercadológicos, se insere no sistema, é parte de uma ideologia a
qual é impercebida por uma platéia idiotizada, que se submete a ilusão da
novela, perde o referencial reflexivo de sua condição de oprimida,
transformando-se em uma massa disforme de pão moldada pelo padeiro da indústria
cultural.
Tal condição se
manifesta ao inviabilizar movimentos,que não atendem aos imperativos de
valoração mercadológica das 'commodities' culturais contra àqueles os quais
defendem a cultura como patrimônio intangível, alma de um povo sua
identidade,não de meros consumidores , mas parte da nação à qual se identificam
em sua conjuntura espacial de destino,na leitura plural de suas manifestações.
É dado relevante a cooptação por parte dos mecanismos de
mercado daqueles agentes contestadores do 'status quo' os quais são absorvidos oferecendo restrito
espaço de manifestação, de visibilidade de sua mensagem, castrando e domesticando sua palavra e práxis.
Como deve ser
fabricado e quem fabricará o espelho da suposta identidade, isso de fato é
substantivo para a elite intelectual globalizada, da 'world music ' e de
maneira geral do que vem a ser' típico' do Brasil.
O meio
transformou-se em mensagem, a arte, heméticamente apreciada pelos meios cultivados
ou aquilo que explode no coração da massa na base da raça como traço de uma
civilização tropical e miscigenada, pluriétnica, a qual parcela bem-nascida
começa a não torcer tanto o nariz.
Quem definirá o
que é cultura, o Estado ou o Mercado, construir o edifício da consciência
crítica ou trangenizar cultura com entretenimento, idéia contrabandeada no riso
ou dormindo em meio ao bombardeio de imagens.
A abertura para o
diálogo com os sotaques e temperos brasileiros e latino-americanos, enfim o
banquete onde o alimento é oferecido ou cai adicto ou ainda nossa dieta básica
com o veneno da ideologia no sabor insosso de uma "junk food ".
Precisar lutar com
fundas e pedras contra tanques, uma atividade artesanal contra uma indústria e
fetiche que determina padrões não apenas
às esfarrapadas periferias do planeta, também na Europa, impõe cotasà
discriminação e sobretudo a monumental assimetria em protesto contra o
"dumping" , que se valendo dos argumentos mercadológicos
transnacionais precisam salvaguardar a produção local e o multi-lateralismo
cultural nessa guerra por hegemonia, onde mitos e folclore ao invés de vir se amalgamar a substância local termina por
anular a expressão da voz nativa.
A visibilidade da
alma de um povo trazendo o reflexo da própria imagem , vínculo entre o povo e
usa história seu destino comum como nação singular.
O dirigismo
estatal pode levar tanto a criação de uma imagem deformada e panfletária,
quanto a partir da discussão da identidade formar o nacional a partir da
polifonia multi-cultural e não na moldura de um neo-realismo socialista ou a falsificação teatral fascista, mas é
fundamental preparar o caldo de cultura necessário para que a massa saia do
torpor diante de uma linguajem alienígena, bela mas em sua maioria plana de
substância. Que o estado tome partido de seu povo e não do poder, do governo,
levar ao povo a "Kultur " livrando-o da barbárie.
A reflexão e a
busca da sofisticação cognitiva a partir da ânsia por responder as inquietações
que surgem a cada nova descoberta, a cada página virada do cérebro ao ler,
assistir uma peça ou película;escutar a melodia nos tornam mais distantes dos
cães e das amebas.
Entretenimento e
relaxamento, remédio necessário mas em doses cavalares redunda em veneno.Tanta
gente com AVC cognitivo por ser bombardeada do acordar ao dormir ,até quando
pensamos estar nos "informamos "através dos telejornais ,estamos
apenas sendo telespectadores de um 'show' de notícias editadas por interesses
comerciais . Quando lemos encartes culturais
o que de fato estamos diante é de uma campanha publicitária de uma
editora que pertence a um grupo empresarial que detém outros veículos midiáticos.
É um dado da
realidade, a palavra encarquilhada "sistema"e blá, blá,...é pedra se
perpetuando.A sobrevalorização da aparência sobre a essência, para conferir uma
embalagem na mensagem epidérmica é eficaz ,embora deturpe e enfraqueça o
alimento do espírito(a cultura ),entendido como a "massa-cinzenta"
adiposada.
A luz que se
insinua entre as trevas é a opacidade intuiotiva, ou a saturação do espetáculo
por parte da massa , o que se verifica no índice de vendas dos jornais e
revistas , o que leva os patrocinadores e financeiras a por mais brindes em
oferta.
A função do
intelectual é de varrer mitos e por 'mãos à obra ' junto à sociedade
,participando das discussões candentes ,de fundo, da urbe .Cidadão.E não estar
confortavelmente se encastelando, subindo ao topo da montanha para escapar do
Tsunami da esfacelada e animalizada sociedade.
A revolução
burguesa que desaguou no desencantamento do mundo,retirou a cultura dos
palácios e catedrais da veneração dos demiurgos e dos eupatridas para o comum
das gentes . O que assistimos hoje é o retorno farsesco ao escapismo opiácio
espiritual contra as luzes que se mostraram em tal grau de explosões de
tecnologia, claridade e drama termonuclear, que pulverizou a certeza no determinismo libertador da ciência e da
relevância da cultura como patrimônio de uma Nação (Mercado?).
Nação? Cidadãos ou
consumidores? Sem identidade com seu passado indiferentes ao seu futuro;gado
ruminando num presente perpétuo sua ânsia por necessidades supérfluas que
abarrotem sua existência de 'sem-vidas' e 'sem rostos'.
A nata está podre
e pobre de conteúdo por se dobrar à mercadolatria midiocrática, cultura não é
uma commoditie, a utopia reside no povo onde brota a alma da cultura .
Wilson Roberto Nogueira
Fico prosa quando a rosa ri
Perfuma o vento...mas o vento
embora feliz se perde e perde-se
em nada.
Mais feliz é o siri ...
antes de cair na
moqueca lá em São Luís.
Saudoso ele o siri se ri
e sua lágrima
transforma-se em cristal
donde a flor bebe
o beijo da vida.
Wilson Roberto Nogueira
Ensolessências Maranhenses.
poeiras sobre a estante.
Todas as noites ele
voltava par a aquele mesmo quarto
de pensão para r eencontrar os móveis velhos e os livros gastos ,os
jornais carcomidos por notícias de novas notícias velhas as quais se repetiam nos telejornais -no estuário da ilusão.
Deitava-se na
prisão de seus sonhos sem luzes, sua
cama de colchão mofado e travesseiro babado
de salivas de um idioma de sonhos
em pedaços ,exalando o enfado de seus fados
oníricos sem poesias só a ilusão
do pó de seus dias.
Levantava-se sempre
com o coração soterrado por correntes
de aço ,as quais não mais sentia
acostumara-se a elas ,ao peso do
barulho ao caminhar ,ao
caminhar molhava a testa enrugada com a
água salgada de sua existência ;não clamava pela
fragorosa flagrância da derrota
dos exércitos de pano diante do fogo de ideais de incêndio ,os quais na
batalha dos dias de juventude
duraram tantos minutos de poeira
soprados com o mau-hálito da escória da memória ,que escorria
pegajosa no olho da janela ,tão
opaca que a menina morena de seus
olhos ,cega não vira o sol que lhe
sorria e beijava-lhe com uma piscadela para vê-la uma vez mais
dançar.
Wilson Roberto Nogueira
Traças e Lagartixas
Não encontrei a
camiseta listrada, as traças se prenderam nela. Elas se amarram em
listras. Vivem à margem e a espreita.
São muito cultas e tímidas, não gostam de luzes fugazes. A vida delas é breve,
então para que tantas luzes?
Embora elas amem
as palavras, as devoram, como umas
"alfacinhas" , qual lisboetas da Alfama.
As pessoas só se
ocupam delas quando encontram caminhos indesejáveis e "buracos negros
" naquele livro tão precioso. Viva os e-books e notebooks ! ? Existem
formigas que apreciam o "tempero " dos conduítes e chips.
Quanto aos meus
bolsos...
Há muito tempo
que elas comeram o fundo dos meus bolsos. Bom, eu nunca tive fundos para
depositar, mesmo no raso dos bolsilhos.
Famintas essas
leitoras de Flaubert, as vezes flertando com Dostoievsky.Elas não recusam as
saborosas letras imortais.Gostavam de nanquim agora qualquer tinta fast-food
made in China está servindo.
Naftalina!? Não! Sou
contra toda forma de genocídio,não mato uma mosca,quanto mais uma
aplicada traça burocrata. Ela só quer um papel,um pano ou uma célula morta,Não
é muito.
Até a visita da
lagartixa. Agora os passos, os traços da traça estão mudos. Nenhum mistério
novo na página do romance, nenhum caminho de ausências nos panos e nos papéis.
A fome ficou ágrafa.
A lagartixa fica
ali, com sua presença verde mas quando precisa e lhe apetece fica da cor da
parede,principalmente quando namora,mas na maior parte do tempo,fica lá no
teto,muda, lagarteando perto da lâmpada dando uma de "João Sem-
Braço" para comer uma incauta mariposa.Olha para baixo curiosa com as
humanas insanidades do escrivinhador, agora sem suas fiéis leitoras, as traças,
assassinadas pela sanha insaciável da nova moradora, a qual não lê mas filosofa
num estilo... meio zen... meio
existencialista,uma observadora do cotidiano...
Wilson Roberto Nogueira Jr
SOUBE QUE VOCÊS NADA QUEREM APRENDER
Bertold Brecht
Tradução: Paulo Cesar Lima de Souza
Soube que vocês nada querem aprender.
Então...
devo concluir que são milionários.
Seu futuro está garantido à sua frente,
iluminado.
Seus pais cuidaram
para que seus pés não topassem com nenhuma pedra.
Neste caso...
você nada precisa aprender.
Assim como é, pode ficar.
Havendo ainda dificuldades,
– pois os tempos, como ouvi dizer, são incertos –,
você tem seus líderes,
que lhe dizem exatamente o que tem a fazer
para que vocês estejam bem.
Eles leram – aqueles que sabem
as verdades válidas para todos os tempos
e as receitas que sempre funcionam.
Onde há tantos a seu favor,
você não precisa levantar um dedo.
Sem dúvida, se fosse diferente...
você teria que aprender.
Revista Vivercidades
sexta-feira, 18 de maio de 2018
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